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Evangelho de Marcos - não podemos viver SÓ de saudades

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Maria



O evangelho de Marcos originalmente terminava em Mc 16,8 com o anúncio do
anjo às mulheres, dizendo que Jesus ressuscitara e que precedia os
discípulos na Galiléia. Isso significa que, após a crucifixão de Jesus, os
discípulos retomaram, na Galiléia, a missão aí iniciada por Jesus. O
evangelho de Marcos é o primeiro dos canônicos a ser escrito, em meados da
década de 60. Ele resgata a memória do Jesus encarnado, humano, que havia
ficado em segundo plano a partir da visão cristológica do Cristo
ressuscitado. O Evangelho nos exorta hoje a contemplar o céu, como fizeram
os Apóstolos no momento da Ascensão, a fim de sermos as testemunhas do
Ressuscitado na terra.

Proclama-se o epílogo canônico do Evangelho de Marcos. É dada aos Onze,
pelo Ressuscitado, a missão de ir a todo o mundo para proclamar o evangelho
ou a alegre notícia da salvação a todas as criaturas. A salvação, porém,
exige a resposta da fé, como a aceitação do batismo. Quem não crer, ou
seja, não aderir a Jesus será condenado. Acompanharão os que crerem sinais
idênticos ou semelhantes aos realizados por Jesus como expressão que o Reino
de Deus, em Cristo, continua a se manifestar pela mediação da Igreja,
através dos crentes: milagres, exorcismos, dom de línguas, manuseamento de
serpentes, superação da ação de venenos, cura dos doentes pela imposição das
mãos. Portanto, a Igreja é vista tanto a partir do magistério e da
atividade apostólica própria dos Onze, quanto do conjunto dos fiéis como
comunidade em missão, fundamentada na fé, no sacramento do batismo e nos
carismas através dos quais ocorrem sinais milagrosos de libertação e de cura
como expressão do Reino de Jesus no mundo.

O Senhor disse aos Onze: Eis os sinais que acompanharão aqueles que crerem:
expulsarão demônios em meu nome; falarão línguas novas; se pegarem em
serpentes e beberem veneno mortal, não lhes fará mal algum; e quando
impuserem as mãos sobre os doentes, esses ficarão curados.

Após ter-lhes falado, Jesus foi arrebatado aos céus e sentou-se à direita de
Deus, ou seja, participa definitivamente da soberania e da glória divinas.
Desse lugar que ocupa em sua glorificação nos céus e que, portanto, abrange
a totalidade sem limites, é que continua na terra a operar através do
ministério hierárquico. Pela simbologia dos Onze, compreende-se o ministério
sempre quantitativa e qualitativamente reduzido e desfalcado em relação às
necessidades, mas, por isso mesmo, também sempre contando com o poder da
graça que não falta. Com efeito, é com a ajuda do próprio Senhor
glorificado que saem a pregar por toda a parte a Palavra, confirmada pelos
milagres que a acompanham.

A ascensão de Jesus foi um marco importante na vida da primitiva comunidade
cristã. Após longo processo de formação, os discípulos tinham diante de si a
missão de evangelizar o mundo inteiro, não contando mais com a presença
física do Mestre.

Acenando ao Espírito que conduzirá a Igreja, Jesus consola os apóstolos,
entristecidos em face de sua partida: "É de vosso interesse que eu parta;
com efeito, se eu não partir, o Paráclito não virá a vós; se, pelo
contrário, eu partir, eu vo-lo enviarei". O conforto que a presença de uma
pessoa significativa proporciona, desencadeia mecanismos de resistência
quando surge a perspectiva da separação.

A ruptura, muitas vezes, revela-se uma necessidade para que as pessoas
possam crescer, caminhando com dignidade em busca de novos horizontes de
maior elevação. Os que resistem a esse impulso criativo correm o risco de
ceder à mediocridade. A promessa do Espírito Santo é lembrança de que há um
longo caminho a percorrer.

Não é possível viver só de saudades.

O dinamismo da esperança é incômodo,
mas é no seu interior que acontece o projeto de Deus, que precisa ser
proclamado sem restrições: "Recebereis uma força, a força do Espírito Santo
que virá sobre vós; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a
Judéia e Samaria, até as extremidades da terra". A Ascensão de Jesus exige
que os discípulos sejam guiados: "Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o
Pai a quem pertence a Glória, vos dê um espírito de sabedoria, que vô-lo
revele e faça conhecer verdadeiramente".

Desde que convocou os primeiros discípulos para segui-lo até o momento de
sua subida para junto do Pai, Jesus não descurou a tarefa de preparar o
pequeno grupo de seguidores para o serviço da evangelização. As longas
caminhadas permitiram-lhe ir explicitando para eles a mensagem evangélica.
Os discursos dirigidos às multidões e os debates com seus adversários foram,
também, ocasiões propícias para tornar conhecido seu pensamento.

Não bastava, porém, a formação intelectual. Era preciso uma preparação em
nível existencial. Isso se deu mediante o exemplo de vida do Mestre. Seu
modo de tratar as pessoas, especialmente os pecadores e marginalizados, seu
relacionamento íntimo com o Pai, sua liberdade diante da Lei, sua ação
enérgica contra toda sorte de injustiça e exploração da boa-fé do povo
serviam de alerta para os discípulos, em vista da atitude que deveriam
tomar, no exercício da missão.

Com a volta de Jesus para junto do Pai e a conclusão de sua missão terrena,
chegou a hora de os discípulos assumirem sua tarefa. A missão, afinal, não
lhes pertence. Por ela, no entanto, eles são responsáveis, porque escolhidos
e enviados. Doravante, Jesus passaria a agir por meio deles.

“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura!” [...] E os
discípulos saíram a pregar por toda parte, agindo com eles o Senhor, e
confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.

O evangelista apresenta o caminho e as condições para conhecer Jesus e sua
proposta. A comunidade constrói um novo modo de viver a partir do
discipulado, na partilha e no amor.

Para a comunidade de são Marcos, proclamar a Boa-Nova do Evangelho é
condição para verificar a coerência de quem de fato conhece Jesus. Por isso,
temos o pedido dele aos discípulos para voltar à Galiléia, que significava
reencontrar Jesus, não mais o Jesus de Nazaré, mas o Cristo da Fé. Isto é,
encontrar-se com Jesus Cristo, morto e ressuscitado, e viver como ele viveu.
Tal convicção não fica limitada à própria pessoa: quem conhece Jesus tem
necessidade de anunciar essa alegria aos outros.

Na Igreja primitiva, todos os sinais que o Senhor enumera aqui foram
realizados, não só pelos apóstolos, mas também por outros santos. Os pagãos
não teriam abandonado o culto dos ídolos se a pregação do Evangelho não
fosse confirmada por tantos sinais e milagres. Pois, conforme diz o
Apóstolo, os discípulos pregavam Cristo crucificado, escândalo para os
judeus e loucura para os pagãos.

Vendo que os demônios eram expulsos, que os discípulos falavam línguas
novas; que, só por sua palavra, matavam ou afugentavam serpentes e bebiam
veneno mortal sem sofrerem mal algum; que curavam os doentes, não apenas
pelo contato, mas até pela sombra de seu corpo, os pagãos convertidos
exclamavam: “É somente o Senhor Jesus Cristo que realiza tais obras”. Sinais
e prodígios já não são mais necessários para nós. Basta-nos ler ou escutar
os relatos dos que foram realizados.

Na Igreja, são realizados sinais todos os dias. Se quisermos prestar
atenção, poderemos reconhecer que têm mais valor que os milagres materiais
de outrora. Todos os dias os sacerdotes expulsam demônios, quando batizam o
povo e o chamam à conversão. A cada dia falam uma nova língua; ao explicarem
a Sagrada Escritura, substituem a letra envelhecida pela novidade do sentido
espiritual. Expulsam serpentes ao libertarem os corações dos pecadores do
apego aos vícios, por meio de suaves exortações. Bebem veneno sem que sejam
prejudicados, ao lerem os livros dos pagãos e dos hereges e, ao ouvirem as
injúrias venenosas e amargas a eles dirigidas, fazem-se surdos a elas e as
desprezam. Impõem as mãos aos doentes e eles saram, porque, com suas
orações, curam as almas enfermas e as reconciliam com o Senhor. Os santos do
Senhor realizam, ainda hoje, os sinais que o Senhor prometera que haveriam
de realizar.

A Igreja existe expressamente para viver o modelo apostólico do Novo
Testamento, ensinando e encorajando os cristãos a uma vida com Deus sob a
égide do Espírito Santo, a fim de serem capacitados para evangelizar o
mundo, que terão as manifestações sobrenaturais do Espírito Santo. A suprema
tarefa da Igreja, no mundo, é a evangelização. "Evangelizar significa
proclamar a verdade"; boas novas. Aqueles que acreditam em Cristo sustentam
e ensinam a verdade, trabalhando pela salvação das pessoas.

No momento em que tivermos compreendido e experimentado que seguir Jesus é
acompanhá-lo no caminho da cruz, da doação e do serviço, com a fé e a
garantia de que ele mesmo vai à nossa frente, teremos vencido as barreiras
que impedem o despertar para o discipulado do Reino.

As palavras de Jesus são para todos os cristãos de hoje. É a missão que
brota do nosso batismo: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho”.
Cremos no Evangelho, cremos no que narram as Escrituras. Por isso, desejamos
a todos um itinerário de crescimento no encontro com Jesus de Nazaré, o
Cristo da nossa fé.

Para finalizar, queremos dizer que

Deus é como o pai e a mãe preocupados com seus filhos e filhas

: nele podemos e devemos confiar, enquanto procuramos
concretizar seu reino como servidores e administradores do sue projeto de
salvação.

Profissionalmente, enquanto Contabilistas, trabalhemos bem unidos, com
seriedade, competência, dedicação e amor à profissão, cumprido o papel
insubstituível na nova fase de transparência das administrações públicas;:
pela integridade moral e ética bem como, disposição de lutar contra a fraude
e a corrupção que grassam pelo País e pela participação na construção de um
mundo melhor! Esta é a missão do Contabilista cristão, que hoje festeja o
seu dia.

Oração: Ó Deus, que concedestes a são Marcos, vosso evangelista e patrono
dos Contabilistas, a glória de proclamar a boa nova, dai-nos assimilar de
tal modo seus ensinamentos, que sigamos fielmente os caminhos de Cristo.
Pai, que o nosso testemunho de vida cristã e profissional seja tal, que as
pessoas possam "ver" Jesus em nossas palavras, em nossos gestos de amor ao
próximo e na execução de nossos serviços. Que Maria, a discípula fiel do
Pai, nos ajude a ser autênticos discípulos(as) e missionários(as). Por nosso
Senhor Jesus Cristo, que convosco vive reina, na unidade do Espírito Santo.
Amém.


Família Arruda
recebido por e-mail

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